sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Desmatamento na Amazônia extingue 26 espécies e ameaça 644, diz ONU

O desmatamento da Amazônia provocou a extinção de 26 espécies de animais e plantas até 2006, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira (18) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). No mesmo período, outras 644 espécies entraram na lista de animais e plantas ameaçados de extinção. Das 26 espécies extintas, dez estão na parte brasileira da floresta amazônica. Entre as espécies ameaçadas estão o macaco-aranha (Ateles belzebuth), o urso-de-óculos (Tremarctos ornatus) e a lontra. O relatório GEO Amazonia, que está sendo divulgado em um encontro do Pnuma em Nairóbi, no Quênia, destaca que o desmatamento da Amazônia continua acontecendo em ritmo acelerado. Até 2005, a floresta amazônica sofreu desmatamento equivalente a 94% do território total da Venezuela.O relatório do Pnuma afirma que até 2005 a Amazônia acumulou uma perda de 17% da sua vegetação total nos nove países que possuem trechos da floresta tropical. A área total desmatada foi de 857.666 km2. Entre 2000 e 2005, a Floresta Amazônica sofreu desmatamento equivalente a 94% do território total da Venezuela, dado que havia sido antecipado no mês passado pelo jornal francês "Le Monde" e noticiado pela BBC Brasil. O relatório do Pnuma afirma que em cinco anos a Amazônia perdeu 17% da sua vegetação total nos nove países que possuem trechos da floresta tropical. A área total desmatada no período foi de 857.666 km2.
Cenários pessimistas - O relatório afirma que três fatores vão influenciar na forma como a Amazônia vai se desenvolver no futuro: as políticas públicas, o funcionamento do mercado e o desenvolvimento de novas tecnologias. Baseado nesses três fatores, o relatório traça quatro cenários diferentes para o futuro da Amazônia no longo prazo e nenhuma das hipóteses apresenta uma situação ideal. "Isso significa que os protagonistas amazônicos não conseguiram imaginar um futuro no qual as políticas públicas, o mercado, a ciência e a tecnologia se desenvolvam, simultaneamente, de uma maneira suficientemente positiva de forma a promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia", diz o documento. Os quatro cenários traçados pelo Pnuma são: Amazônia emergente: um cenário em que o governo e as forças do mercado geram benefícios à região, mas a ciência e a tecnologia não avançam o suficiente para melhorar o aproveitamento de recursos naturais; À beira do precipício: o governo agiria para combater o desmatamento, mas a demanda do mercado por recursos e a falta de tecnologia apropriada seriam mais fortes do que o esforço público; Luz e sombra: ação pública e investimentos em tecnologias colaborariam contra o desmatamento, mas as forças do mercado exigiriam cada vez mais recursos naturais; Inferno ex-verde: um cenário em que a floresta ficaria submetida às demandas do mercado, sem ação governamental ou avanço tecnológico favorável ao desenvolvimento sustentável.
Savanização - Segundo o relatório, fatores internos e externos em cada um dos países estão provocando o desmatamento.Entre os fatores internos está o crescimento da urbanização da região e a exploração de recursos naturais. O Pnuma destaca que, em quatro dos países da região, mais de 50% da população amazônica é urbana. Externamente, o aquecimento global continua afetando o ciclo de chuvas e afetando o equilíbrio do ecossistema. O relatório cita previsões feitas em outros estudos de que 60% da Amazônia pode se tornar em savana ainda neste século, devido ao aumento da temperatura média global -uma afirmação questionada por um novo estudo publicado no Reino Unido na semana passada.O relatório também afirma que a articulação de grupos e instituições que atuam na Amazônia ainda está apenas no começo."Na maioria dos países da região, a Amazônia ainda não faz parte do 'espaço ativo' nacional, no entanto eles estão lentamente começando a articular a Amazônia no sistema político-administrativo, na sociedade e na economia nacional", diz o relatório do programa da ONU. "O Brasil é o país que mais mostrou progresso nesta área. Por outro lado, o processo contínuo de descentralização, com diferentes níveis de progresso, visa a melhorar a governança ambiental por governos regionais e locais." (Fonte: Folha Online)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009


domingo, 1 de fevereiro de 2009

Planeta precisa de US$ 515 bi por ano de 'investimento verde'

São necessários investimentos de US$ 515 bilhões por ano até 2030 para criar uma infraestrutura mundial de energia limpa, aponta o Fórum Econômico Mundial. Caso contrário, as emissões de gases poluentes atingirão um nível considerado insustentável por cientistas, provocando um aumento de dois graus na temperatura do planeta.

Em alerta feito nesta quinta-feira (29) em Davos, a entidade listou fontes de energia que podem contribuir para a criação de uma matriz renovável. Entre elas, está o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar - além da eólica, solar e a nova geração de biocombustíveis, a partir da celulose.

Para o Fórum, as oportunidades na área de energia limpa podem criar retorno econômico. Segundo estudo apresentado hoje, 90 empresas líderes na área conseguiram retorno de quase 10% em 2008, mesmo com a crise global. No ano passado, os investimentos em energia limpa somaram US$ 140 bilhões, acima dos US$ 30 bilhões aportados em 2004, mas bem abaixo da necessidade apontada em Davos.

A entidade nota que os investimentos estão se diversificando geograficamente. Os países em desenvolvimento atraíram 23% dos financiamentos para o setor em 2007, ou US$ 26 bilhões, acima dos 13% (US$ 1,8 bilhão) em 2004. (Fonte: Daniela Milanese/ Estadão Online)


FONTE: Ambiente Brasil - http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=43364