sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

Projeto em debate na Câmara Municipal amplia rodízio de automóveis em São Paulo

Proposta de lei prevê a retirada de 40% dos veículos de circulação e o aumento do horário de proibição, além de outras mudanças para reduzir o trânsito

Na última sexta-feira (27/11), a Câmara Municipal de São Paulo realizou uma audiência pública para debater 22 projetos de lei que estão em tramitação na Casa. No meio do “pacote” estavam alguns de grande interesse para a cidade, entre os quais o PL 147/2008, que amplia o rodízio de automóveis para quatro placas ao dia – ao invés de duas, como é atualmente –, e aumenta o horário de proibição da circulação.

Pela proposta de lei, de autoria do vereador Ricardo Teixeira (PSDB), na segunda-feira não circulariam no chamado centro expandido da cidade os automóveis com finais de placas 1,2,3 e 4. Na terça, ficariam proibidos os de finais 5, 6,7 e 8, e assim sucessivamente, de forma que todos os veículos particulares não poderiam circular em dois dias úteis da semana. O texto, caso seja aprovado, irá retirar de circulação cerca de 40% da frota nos horários de pico dos dias úteis. Hoje, a proibição atinge duas placas ao dia – o que representa 20% da frota.

O projeto também amplia o horário em que os automóveis não poderiam circular no período da tarde: das 17 horas às 21 horas (a proibição atual é até 20 horas). No período da manhã, o horário de restrição seria mantido, das 7 às 10 horas.

Além de mexer com o rodízio de automóveis, o PL proíbe a circulação de caminhões e qualquer tipo de operação de carga e descarga junto ao meio-fio das 7 às 21 horas, nos dias úteis. Ele restringe as áreas e os horários em que seria permitido estacionar na região (centro expandido da cidade).

Outra medida de impacto prevista no texto é reservar a faixa à esquerda das avenidas que possuírem três ou mais pistas de rolamento para veículos ocupados por duas ou mais pessoas – somente nos horários do rodízio. Também nestes horários, os taxistas poderão reduzir a tarifa a ser cobrada pelos serviços, negociando o preço diretamente com os passageiros.

A proposta prevê ainda a criação de uma rede de ciclovias interligando todos os parques municipais e estaduais da cidade e a construção de bicicletários nestes espaços públicos, bem como nos terminais de ônibus e nas estações de trem e metrô.

“Não é com medidas doces que você vai melhorar o trânsito”, diz autor do projeto

Em entrevista à reportagem do Nossa São Paulo na Câmara, o vereador Ricardo Teixeira citou algumas das razões de ter apresentado o projeto de lei. “Nós estamos vivendo recordes de congestionamentos e de poluição na cidade e é preciso fazer alguma coisa”. Para ele, a ampliação do rodízio é uma medida paliativa “até que o transporte coletivo possa atender todas as pessoas”.
A saída, na visão do parlamentar, é o metrô. “Mas até que se resolva isso, vamos continuar como está?”, questiona. Segundo Teixeira, mesmo que a proposta seja aprovada e transformada em lei, se não forem tomadas outras medidas como a ampliação do metrô, “daqui a cinco anos o trânsito estará saturado de novo”.

Indagado se seu projeto não seria muito polêmico e de difícil aceitação por parte de parcela da população, ele responde: “Sempre que a gente mexe com hábitos e costumes das pessoas, ninguém gosta”. O vereador reconhece que o texto poderá desagradar alguns setores da sociedade. “Lógico que são medidas amargas, mas não é com medidas doces que você vai melhorar o trânsito.” Teixeira, entretanto, lembra a existência de pesquisas revelando que muitas pessoas concordam com a necessidade de ampliar o rodízio de carros na cidade.

Quanto à redução do preço na tarifa dos táxis nos horários de pico, que seria negociada entre taxistas e usuários, o parlamentar avalia que a medida irá estimular o uso deste tipo de transporte. “Hoje, se um taxista quiser baixar o preço, reduzir a tarifa para conseguir mais passageiros, não pode”, argumenta.

O tucano espera que o projeto possa ser deliberado ainda este ano pela Câmara. “Já foi votado em primeira discussão e a segunda audiência pública será nesta semana, o que o deixará pronto para ser votado de forma definitiva pela Casa”, relata. A expectativa do parlamentar não é compartilhada por diversos líderes da casa. Um deles, que pediu para não ser identificado, considera que o texto “não está maduro” para ir à segunda e definitiva votação.

Como a prática da Casa tem sido levar a plenário apenas as matérias acordadas pelo colégio de líderes, o projeto deverá ficar mesmo para o próximo ano.

REPORTAGEM: AIRTON GOES


Fonte: Movimento Nossa São Paulo

http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/9761?utm_source=MailingList&utm_medium=email&utm_campaign=Notícias+03/12/09

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Consumidor paulistano tem dificuldade em encontrar móveis 'verdes'

Ser ecologicamente correto é uma tarefa quase impossível para o consumidor paulistano que quiser aproveitar a diminuição do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), anunciada pelo ministro da Fazenda na última quarta-feira (25). Além de zerar o imposto para móveis, Guido Mantega também prorrogou o desconto que já existia para materiais de construção.

A dificuldade está nos dois tipos de produto. A oferta de móveis populares que tenham selo garantindo a origem da madeira é praticamente inexistente. Na construção civil, há apenas duas lojas em São Paulo que vendem tábuas aprovadas pelo FSC (Conselho Brasileiro de Manejo Florestal). Essa organização é única no Brasil que verifica se a madeira, além de estar em dia com todas as leis ambientais, também respeitou os direitos de seus empregados e das comunidades próximas à floresta.

‘Selo? Como assim?’ - Para verificar o quanto é difícil encontrar móveis com esse selo, a reportagem do Globo Amazônia percorreu de ponta a ponta a rua Teodoro Sampaio, na Zona Oeste de São Paulo, onde se concentram dezenas de lojas que vendem esses produtos.

De 25 estabelecimentos visitados, nenhum tinha móveis com certificação FSC. Na maioria dos lugares, os vendedores não sabiam o que significava o selo. “A principal preocupação dos clientes é com a qualidade da madeira. De cada cem clientes, nenhum toca nesse assunto”, afirma o projetista José Carlos de Souza, que trabalha na região.

Apenas duas lojas ofereciam alguma garantia ambiental. Em uma rede de móveis para cozinhas, um folder do fabricante dizia que os móveis eram feitos de MDF (um tipo de aglomerado de serragem) “100% ecológico”.

Em outra loja, alguns produtos continham o selo Biomóvel, criado por indústrias do polo moveleiro de São Bento do Sul (SC). Segundo os fabricantes, quem usa essa certificação garante que toda a madeira vem de florestas cultivadas e que os móveis não usam produtos nocivos ao meio ambiente.

Eucalipto - Na maioria das lojas, quando questionados sobre a rigem da madeira, os vendedores argumentaram que os móveis são montados com chapas MDF, aglomerado ou compensado, e que esse material é feito de eucalipto e vem de florestas cultivadas.

O coordenador de certificação da ONG Imaflora, Leonardo Sobral, discorda que isse seja uma garantia ambiental. “Não é porque a madeira veio de floresta plantada que ela é ecologicamente correta.” Ele explica que para obter o selo FSC – fornecido por sua instituição – é necessário respeitar regras ambientais e trabalhistas, como a aplicação correta de agrotóxicos e o uso de equipamento de proteção.

Prepare o bolso - Móveis certificados só foram encontrados fora da rua Teodoro Sampaio, em uma das maiores redes de venda de móveis de São Paulo, voltada para a classe média alta. Entretanto, a oferta é pequena e o preço é salgado. Uma cadeira de eucalipto, por exemplo, sai por R$ 285, enquanto uma mesa de garapeira de 130 por 65 cm custa R$ 565.

“Os móveis com essa certificação realmente são muito raros, pois os clientes não exigem. Quando eles disserem que não compram sem certificação, isso vai mudar”, afirma o presidente da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimovel), José Luiz Diaz Fernandez.

Materiais de construção - Apesar de o desconto no IPI não atingir a madeira usada na construção de civil, o baixo imposto em produtos como cimento e azulejo pode fazer crescer o consumo de tábuas, onde o “selo verde” é ainda mais rado do que nos móveis. Das duas lojas que vendem madeira bruta certificada em São Paulo, apenas uma é voltada para o consumidor final.

O pior é que nenhuma dos dois estabelecimentos oferece vigas, caibros e ripas para a construção de telhados, o destino final de 42% da madeira amazônica que chega em São Paulo, segundo a ONG Amigos da Terra.

“Tenho a empresa certificada há dois anos e vendi apenas para três clientes”, conta Valdir Luiz dos Santos, diretor de loja especializada em fornecer matéria-prima para grandes construtoras. Segundo ele, o mercado de madeira certificada só tem funcionado bem para árvores plantadas, já que as tábuas de madeira nativa que têm selo costumam custar de 40 a 50% a mais, e os clientes fogem.

Florestas garantidas - Uma das explicações para a baixa oferta de produtos certificados é o desinteresse dos fabricantes em colocar o selo em seus produtos. Segundo Leonardo Sobral, cerca de 40% das florestas plantadas no Brasil já têm garantia da FSC.

O problema é que quem compra essa madeira nem sempre se dispõe a pagar e se submeter às regras exigidas pelo “selo verde”, fazendo com que móveis, portas, pisos e outros objetos de madeira sejam vendidos sem certificado, apesar de a madeira ter boa origem.

Segundo a Imaflora, o Brasil tem hoje 28 mil km² de plantações e 25 mil km² de florestas nativas controladas pelo FSC. Apesar de sua grande área de mata, o país fica atrás da Polônia, Suécia, Estados Unidos, Canadá e Rússia.

Na Amazônia, a maior dificuldade encontrada pelas madeireiras que querem obter a certificação é encontrar terrenos que tenham florestas em pé e estejam com todos os documentos em dia. Uma das principais regras para se conseguir o “selo verde” é ter a terra devidamente registrada em cartório, coisa rara na região.

Desconto sem contrapartida - Para a organização Amigos da Terra, o governo perdeu uma boa oportunidade de exigir móveis mais verdes na última redução do IPI. Roberto Smeraldi, diretor da ONG, diz que estuda entrar na Justiça contra o governo com uma Ação direta de inconstitucionalidade (Adin), já que a Constituição prevê tratamento diferenciado para artigos com menos impacto ambiental. "A constituição não diz que é uma opção, mas que é obrigatório fazer isso”, afirma.

Na última prorrogação do IPI para carros, o governo estendeu o desconto apenas para veículos flex. Na linha branca, somente os eletrodomésticos mais econômicos tiveram descontos. Quando o imposto foi zerado para os móveis, contudo, não houve exigências de contrapartidas ambientais.

Fonte: Globo Amazônia in Ambiente Brasil <http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=50164>.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Movimento Nossa São Paulo apresenta resultados da primeira fase do IRBEM

"Ampliação da rede de metrô", "soluções para diminuir o trânsito" e "redução do tempo de espera nos pontos de ônibus" são, nesta ordem, o que a população considera como prioridades na área de Transporte e Mobilidade para a qualidade de vida e o bem-estar em São Paulo. Para as crianças e adolescentes, os itens mais importantes são: "segurança no trânsito", "mais metrô, ônibus e trem" e "pontualidade dos ônibus".

No que diz respeito à Educação, as prioridades da população adulta foram “Existência de profissionais qualificados de educação em todas as escolas”, “Vagas em creches, pré-escolas e escolas em locais próximos à moradia” e “Envolvimento das famílias na educação dos filhos”. Além das alternativas apresentadas no questionário, a sugestão mais votada foi “Respeito, valorização e reconhecimento dos profissionais da educação”. Já para as crianças e adolescentes, o mais importante é “Transporte escolar gratuito”, “Escola limpa e conservada” e “Educação para os direitos das crianças e dos adolescentes”.

No geral, 25,97% dos adultos afirmaram que sua qualidade de vida “melhorou um pouco” e 19,26% disseram que “ficou estável”.

As conclusões fazem parte da primeira fase de construção do IRBEM -Indicadores de Referência de Bem-Estar no Município, uma iniciativa inédita do Movimento Nossa São Paulo. Mais de 36 mil pessoas preencheram o questionário online e impresso - cerca de 12 mil com mais de 16 anos e 22.100 crianças e adolescentes de 10 a 15 anos.

E os resultados também indicam um perfil dos milhares de participantes. Entre os adultos, 48,02% são assalariados, 22,98% têm ensino superior completo, 46,66% são solteiros, 23,47% têm entre 30 e 39 anos e 59,70% são mulheres. Os números mostram ainda que o questionário percorreu as regiões de todas as subprefeituras da cidade. A com maior participação foi a da Sé (7,48%), seguida por Pinheiros (7,44%) e Santo Amaro (6,81%).

Entre as crianças, destaca-se a maciça participação dos alunos da rede pública de ensino (97,89%) que, motivados pela Secretaria Municipal de Educação, responderam ao questionário durante as aulas de Informática Educacional. Crianças do 6ª ano do Ensino Fundamental aparecem em primeiro lugar, com 21,05%, seguidas das do 7º ano, com 20,67%. Quanto à opção pela “Raça/cor”, 40,42% das crianças responderam ser “pardas” e 40,38%, “brancas”.

Além do tema Transporte e Mobilidade, os milhares de participantes elegeram suas prioridades em outros 23 temas: Valores Pessoais e Sociais, Acessibilidade, Aparência/Estética, Assistência Social, Consumo, Cultura, Desigualdade Social, Educação, Esporte, Habitação, Infância e Adolescência, Juventude, Lazer e Modo de Vida, Meio Ambiente, Relações Humanas, Religião e Espiritualidade, Saúde, Segurança, Sexualidade, Tecnologia da Informação, Terceira Idade, Trabalho e Transparência e Participação Política.

O objetivo da mobilização do IRBEM é construir um conjunto de indicadores que sirva para orientar ações de empresas, organizações, governos e toda a sociedade, considerando como foco principal o bem-estar das pessoas. O preenchimento do questionário, além de ser o ponto de partida para a formulação do IRBEM, também foi importante para estimular em todas as regiões da cidade o debate sobre as escolhas da população para alcançar qualidade de vida para todos.

Próximos passos

Seguindo o cronograma previsto de construção do IRBEM, ainda no mês de novembro haverá a aplicação da pesquisa Ibope com os paulistanos, em amostra proporcional aos vários segmentos da população. Para fazer a pesquisa, o Ibope vai selecionar os itens que foram mais citados nos questionários como os mais importantes para a qualidade de vida da população, para checar qual é o nível de satisfação e valorização em relação a eles. Em seguida, haverá a sistematização dos dados e a construção do IRBEM. O lançamento do conjunto de indicadores ocorrerá no dia 19 de janeiro, às vésperas do aniversário da cidade, comemorado no dia 25.


Fonte: Movimento Nossa São Paulo do dia 17/11 <http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/9688?utm_source=MailingList&utm_medium=email&utm_campaign=Notícias+19/11/09>.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Prefeitura de SP espera 200 ônibus movidos a etanol

O prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse na quinta-feira (12), durante lançamento do primeiro ônibus movido a etanol da cidade de São Paulo, que a expectativa da administração paulista é de que 200 ônibus "verdes" sejam colocados nas ruas da cidade no curto prazo. O combustível que movimentará o ônibus pioneiro é formado por 95% de etanol brasileiro e 5% de um aditivo a base de diesel produzido na Suécia.

Kassab disse também que esta iniciativa poderá ser subsidiada por recursos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e também por meio da emissão de créditos de carbono. "Estamos conversando com o presidente Lula sobre o projeto de substituir a frota de ônibus de diesel para combustíveis renováveis", disse.

O lançamento do primeiro ônibus à etanol de São Paulo, que circulará da linha Terminal Lapa - Vila Mariana, passando pela Avenida Paulista, faz parte do Projeto BEST - BioEtanol para o Transporte Sustentável, que prevê a utilização de combustíveis renováveis no transporte público. O projeto foi criado pela União Europeia e é coordenado pela prefeitura de Estocolmo. No Brasil, o projeto é coordenado pelo Centro Nacional de Referência em Biomassa (CENBIO).

Segundo Sílvia Velázquez, da CENBIO, a cidade de São Paulo possui 15 mil ônibus movidos a diesel e, se todos eles fossem substituídos por ônibus a etanol, as emissões de gases de efeito estufa seriam equivalentes a apenas 3 mil ônibus. Em Estocolmo já existe uma frota de 600 ônibus rodando com etanol brasileiro.

Fonte: Estadão Online In Ambiente Brasil <http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=49698>.

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

terça-feira, 3 de novembro de 2009

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Brasil terá meta de redução de CO2 e a "cobrará" do mundo, diz Lula

Sem definir números, o Brasil se vê em posição de "cobrar todo mundo" e quer levar metas ambiciosas para a cúpula em Copenhague que definirá um novo tratado contra o aquecimento global.

"Assumimos uma posição de liderança que nos permitirá cobrar de todos, especialmente dos mais ricos, metas de redução claras e ambiciosas", afirmou o presidente Lula ao lado do premiê belga, Hermann Van Rompuy, que o recebeu no domingo (4).

Segundo o chanceler Celso Amorim, a mudança climática foi o principal tema do encontro. "(O Brasil) quer ir com números claros, para que ninguém possa se esconder atrás do Brasil e o Brasil também não se esconda."

Mas o país ainda não colocou que números seriam esses. "O número com relação a desmatamento está praticamente definido (reduzir cerca de 70% até 2017), e isso tem uma repercussão natural na queda das emissões."

O ministro retomou o discurso de que o ônus maior é dos países desenvolvidos, que começaram a poluir antes. "A gente fica preocupado também em os países ricos dizerem que eles têm uma meta X, mas aí metade daquele X na realidade é de mercado de carbono, que eles estão comprando de outros países", declarou. "Não somos contra o mercado, mas ele não pode diminuir as obrigações dos ricos."

Segundo Amorim, o Brasil costura um programa de princípios com a França para apresentar em dezembro. "Claro que tem uns detalhezinhos ainda", disse, sem se estender.

Fonte: Luciana Coelho/ Folha Online in Ambiente Brasil

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Ministérios publicam regulamentação do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas

Os ministérios da Ciência e Tecnologia e do Meio Ambiente publicaram no Diário Oficial da União de segunda-feira (28) portaria que regulamenta as ações do Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas.

A finalidade é disponibilizar informações técnicas e científicas sobre as mudanças climáticas e os impactos no desenvolvimento do país. A iniciativa é inspirada no Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU.

Pelo painel, o país deverá atualizar e completar as informações referentes aos efeitos climáticos e colocar esse conhecimento, organizado em forma de relatórios, à disposição da Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, dos governos e de todas as instituições e pessoas interessadas no assunto.

Pesquisadores de instituições públicas e privadas brasileiras serão incentivados a organizar e ampliar a produção científica sobre os efeitos das mudanças do clima no território nacional. Toda essa produção, seja científica, técnica ou socioeconômica será analisada pelo Painel.

Fonte: Christina Machado - Agência Brasil in Ambiente Brasil

terça-feira, 15 de setembro de 2009

16 de Setembro: Dia Internacional de Proteção à Camada de Ozônio

A Ozonosfera (camada de ozônio) está localizada na Estratosfera, conferindo a área da atmosfera terrestre que maior concentra ozônio (O3). Esta camada nos protege de raios ultravioletas, sendo um filtro a favor da vida, pois sem ele não haveria formas de vida na Terra. Esta camada protege-nos de possível câncer de pele, além do que os raios ultravioletas atrapalham o sistema imunológico. As plantas também ficam debilitadas quando muito expostas à radiação.

Há evidências científicas de que substâncias fabricadas pelo homem estão destruindo a camada de ozônio. Em 1977, cientistas britânicos detectaram pela primeira vez a existência de um buraco na camada de ozônio sobre a Antártida.

Diversas substâncias químicas acabam destruindo o ozônio quando reagem com ele. Tais substâncias contribuem também para o aquecimento do planeta, conhecido como efeito estufa. A lista negra dos produtos danosos à camada de ozônio inclui os óxidos nítricos e nitrosos expelidos pelos exaustores dos veículos e o CO2 produzido pela queima de combustíveis fósseis, como o carvão e o petróleo. Mas, em termos de efeitos destrutivos sobre a camada de ozônio, nada se compara ao grupo de gases chamado clorofluorcarbonos, os CFCs.


Fonte: WWF

sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Dia 11 de Setembro: Dia do CERRADO

Localizado basicamente no Planalto Central do Brasil e uma pequena porção representada no Sul do Brasil, estado do Paraná, município de Jaguariaíva. O cerrado é o segundo maior bioma do País, superado apenas pela Floresta Amazônica. É considerado a Savana brasileira, destacado pelas unidades fitofisionômicas e grande extensão.

Ocupa uma área superior a 2 milhões de km², cerca de 23% do território brasileiro, abrangendo os estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais, Piauí, o Distrito Federal, Tocantins e parte dos estados da Bahia, Ceará, Maranhão, São Paulo, Paraná e Rondônia. Dependendo do seu adensamento e condições edáficas (do solo), pode apresentar fisionomias diferenciadas denominadas de Cerradão, Campo Limpo e Cerrado, entremeadas por formações de florestas, várzeas, campos rupestres e outros.

Até a década de 1950, os Cerrados mantiveram-se quase inalterados. A partir da década de 1960, com a interiorização da capital e a abertura de uma nova rede rodoviária, largos ecossistemas deram lugar à pecuária e à agricultura extensiva, como a soja, arroz e ao trigo.

Durante as décadas de 1970 e 1980 houve um rápido deslocamento da fronteira agrícola, com base em desmatamentos, queimadas, uso de fertilizantes químicos e agrotóxicos, que resultou em 67% de áreas do Cerrado "altamente modificadas", com voçorocas, assoreamento e envenenamento dos ecossistemas. Resta apenas 20% de área em estado conservado.

Fonte: Ambiente Brasil

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

DIA 5 DE SETEMBRO: DIA DA AMAZÔNIA



A extensão da floresta amazônica abrange, além dos estados brasileiros do Acre, Amapá, Pará, Roraima, Rondônia, Amazonas, Mato Grosso, Tocantins e Maranhão, outros países da América do Sul, como: Venezuela, Guianas, Suriname, Bolívia, Colômbia, Peru e Equador.

A área da floresta representa dois quintos da América do Sul e a metade do território brasileiro. Mais do que uma floresta, a Amazônia é também o mundo das águas onde os cursos d’água se comunicam e sazonalmente sofrem a ação das marés. Além disso, concebe um quinto das águas doces do mundo, sendo a maior bacia hidrográfica do planeta, com extensão de sete milhões de quilômetros. A bacia amazônica - a maior bacia hidrográfica do mundo com 1.100 afluentes - cobre uma extensão aproximada de 6 milhões de km2. Seu principal rio, o Amazonas, corta a região para desaguar no Oceano Atlântico, lançando no mar, a cada segundo, cerca de 175 milhões de litros de água

A vegetação da Amazônia é composta por três tipos de matas: a de igapó, de solo inundado; a de várzea, com inundações somente em algumas épocas do ano; e a de terra firme, com solo seco e árvores que alcançam 65 metros.

Apesar de toda a riqueza da Amazônia, seu solo tem baixa fertilidade. Por isso não adianta derrubar suas árvores para investir na agricultura e em pastos para o gado. Sem a cobertura vegetal para proteger, a água da chuva carrega os nutrientes do solo e o empobrece.

O clima da região é quente e úmido, com chuvas abundantes o ano todo.

A seringueira é uma das espécies vegetais mais importantes da região, em razão da extração da matéria prima para a produção da borracha, o látex, que é até hoje uma das principais extrações feitas, juntamente com a castanha-do-pará e do guaraná.

Várias espécies vegetais podem ser aproveitadas por indústrias de fabricação de medicamentos e cosméticos, aumentando a economia produtiva do país.

Atualmente, os problemas mais sérios que a Amazônia vem sofrendo são os desmatamentos, disputas pelo domínio de suas terras; caça e pesca predatórias, que tem e contrabando de animais e de plantas ameaçando a sobrevivência da floresta e impedem a utilização correta de seus recursos para o bem da humanidade.

Mais de 12% da área original da Floresta Amazônica já foram destruídos devido a políticas governamentais inadequadas, modelos inapropriados de ocupação do solo, aliados à pressão econômica, que levou a uma ocupação desorganizada e ao uso não-sustentável dos recursos naturais. Segundo estimativas oficiais, até 2020 a Amazônia terá perdido 25% de sua cobertura nativa.

Em comparação com os demais biomas brasileiros, a Amazônia é o que detém o maior número de áreas de proteção integral (26) e também o maior percentual de florestas oficialmente protegidas (3,2% da área total do bioma). No entanto, apenas 0,38% da área dos parques e reservas hoje existentes na Amazônia está minimamente protegida de fato, pois não foram implementados ou encontram-se muito próximos a cidades.

Fonte: WWF; Jussara de Barros (Brasil Escola)



terça-feira, 1 de setembro de 2009

Projeto quer banir agrotóxicos de São Paulo

Lista é composta por 14 produtos que podem causar câncer e problemas no sistema nervoso.


Projeto apresentados ontem na Assembléia Legislativa prevê a proibição à importação de 14 produtos químicos que compõe 200 agrotóxicos utilizados na produção agrícola de São Paulo.
Autor do projeto, o deputado Simão Pedro (PT), informa que os pesticidas relacionados podem causar câncer e problemas no sistema nervoso como a depressão. "Estudos do Ministério da Saúde confirmam a relação de produtos como a fosmete, forato e a lactofem, todos presentes nos agrotóxicos, com diferentes tipos de câncer", diz o deputado.
Segundo o texto, os agrotóxicos serão substituídos por fertilizantes orgânicos, o que reduziria o gasto do Estado com tratamentos de saúde.
Simão Pedro explica que os produtos agrícolas têm como principal destino a produção de tomates, laranja e de cana-de-açúcar. "Só a cana representa 50% da produção paulista. O risco atinge a produção familiar e o chamado agronegócio", informa o deputado. Pelas contas de Simão Pedro, dos R$ 730 milhões gastos com agrotóxico no país, 40% são desembolsados por produtores paulistas.
Antes de chegar ao plenário da Assembléia, o texto precisa passar pelas comissões de Constituição e Justiça e de Agricultura e Pecuária.

Fonte: Jornal Metro de 01 set 2009

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Empresa vai recolher gás que prejudica ozônio

O Brasil vai poder aumentar a sua contribuição na eliminação de gases e processos capazes de danificar a camada de ozônio e o efeito estufa com o início da operação da primeira unidade de manufatura reversa de refrigeradores. "O projeto está em fase final de estudo pela agência alemã GTV e acreditamos que a planta entrará em funcionamento em 2010", afirma a analista Ambiental da Coordenadoria de Proteção à Camada de Ozônio do Ministério do Meio Ambiente Tatiana Zanette.

A planta vai permitir a operação em grande escala de reciclagem de produtos usados na confecção dos refrigeradores. "Ela vai facilitar o recolhimento de CFC (gás clorofluorcarbono), HCFC (Clorotetrafluoroetano), de agentes usados para expandir a espuma e de outros componentes de refrigeradores", diz Tatiana. "Quando liberados, esses gases prejudicam a camada de ozônio que envolve a Terra."

Produção mais limpa - De acordo com a especialista, o País se prepara para uma mudança de tecnologia na produção de bens como refrigeradores e aparelhos de ar-condicionado. Os gases usados no processo terão de ser substituídos, conforme estipula o Protocolo de Montreal.

No momento, o Comitê Executivo do Fundo Multilateral do Protocolo de Montreal discute os critérios para a liberação de recursos a empresas de países em desenvolvimento para que façam alterações nos processos de produção. "Até 2013, os países em desenvolvimento têm de congelar o consumo (entendido como produção mais importação menos exportação) de HCFC no nível médio observado em 2009/2010", explica Tatiana. "Até 2015, a diminuição do consumo no País desses gases terá de ser de 10% e, até 2020, de 35%."

Para Tatiana, o setor que pode ter mais dificuldade para se adaptar às novas regras é o de ar-condicionado. "Esse segmento ainda tem poucas alternativas, que ainda devem passar por processos de desenvolvimento para serem usadas", explica. Os segmentos de espumas, produção de refrigeradores comerciais e solventes devem ter menos dificuldades, pois já existem alternativas aos CFCs e HCFCs.

Utilidades - Os CFCs ainda estão presentes nos refrigeradores antigos. Nos novos, o gás usado é o HCFC. A mudança foi provocada quando se descobriu que este último era menos nocivo à camada de ozônio. Os CFCs estão presentes, além de refrigeradores, em aparelhos de ar-condicionado, como propelentes de sprays, solventes industriais, espumas isolantes, produtos de utilização na microeletrônica e eletrônica. Agora, as indústrias vão entrar numa segunda etapa de substituição, a do HCFC.

O Brasil ainda usa CFC, mas só para fins medicinais, como as bombinhas para asmáticos e inaladores, mas isso também será abandonado até 2010. Os CFCs, além de prejudicar a camada de ozônio, têm um poder de aquecimento global quase 11 mil vezes maior do que o do gás carbônico. Portanto, a redução de seu uso vai minorar o problema causado pelo aquecimento global.

Antonio Gaspar

segunda-feira, 10 de agosto de 2009


sexta-feira, 7 de agosto de 2009


sexta-feira, 31 de julho de 2009


segunda-feira, 27 de julho de 2009

Prefeitura publica portaria que restringe fretados em São Paulo

O Diário Oficial da Cidade de São Paulo desta quinta-feira (23/7) divulga a Portaria 058/09, que estabelece as regras específicas para o exercício da atividade de fretamento no município. A medida, que começa a vigorar na próxima segunda-feira (27/7), restringe a circulação dos veículos que fazem este tipo de transporte em 70 quilômetros quadrados da região central, denominada de Zona Máxima de Restrição de Fretamento (ZMRF).
Somente poderão circular na região estipulada, os veículos que atenderem empresas que possuam garagens próprias para o embarque e desembarque de passageiros. Para isso, terão que obter da Secretaria Municipal de Transportes a “Autorização Especial de Trânsito” e não poderão passar pelas avenidas Paulista, Luís Carlos Berrini, 23 de Maio e Faria Lima.
A portaria dá prazo de 90 dias para que as empresas de fretamento regularizem suas atividades junto à secretaria e prevê multas no valor de R$ 3.400, além da apreensão do veículo, para o caso de exercício ilegal do serviço.
O texto prevê ainda a formação de uma comissão de acompanhamento, dentro de no máximo 15 dias, para analisar eventuais problemas na implantação da medida e sugerir aprimoramentos.
Os representantes do setor de fretamento avaliam que não poderão cumprir imediatamente as restrições impostas pela prefeitura e pedem prazo maior para se adaptarem às novas regras. Eles acreditam que a portaria levará muitos clientes do serviço a optarem pelo uso do veículo particular, o que poderia complicar ainda mais o trânsito na cidade. Faixas exibidas em manifestações de protestos das entidades contra a medida diziam que cada ônibus fretado retira 20 veículos de circulação.
A Prefeitura não concorda com estes dados e espera, com a portaria, melhorar em 11% a fluidez no trânsito dentro da área de exclusão dos fretados. De acordo com estimativas da Secretaria de Transportes, aproximadamente 40 mil usuários do serviço de fretamento deverão passar a utilizar os transportes públicos da cidade (metrô, trens e ônibus), a partir dos 14 pontos de embarques e desembarques situados em volta da Zona Máxima de Restrição de Fretamento.

Fonte: Movimento Nossa São Paulo <http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/8827>.

segunda-feira, 6 de julho de 2009

Comércio de carne bovina omite origem do produto

Na prateleira, picanha com selo de frigorífico de Marabá (PA), fraldinha e maminha de frigorífico de Tangará da Serra (MT). Outras carnes vistas na gôndola vêm de frigoríficos das cidades paulistas de Promissão, Bauru e Andradina.Mas por quais fazendas passou esse gado agora exposto nos supermercados? Vieram de áreas que desmataram a floresta amazônica ilegalmente? O consumidor que se depara com os produtos e lê os rótulos não consegue responder.
A Folha esteve em lojas do Wal-Mart, do Carrefour e do Pão de Açúcar, e em todas a situação é recorrente. A Apas (Associação Paulista de Supermercados) e os supermercados admitem que os consumidores não têm como saber de forma exata a procedência das carnes que compram. Em outros países, a situação é parecida.Segundo Daniela de Fiori, vice-presidente de sustentabilidade do Wal-Mart Brasil, a única forma, hoje, de os consumidores terem garantia de não compactuar com o desflorestamento da Amazônia é frequentar mercados em que confiam.
Após denúncias da ONG Greenpeace que relacionaram a pecuária com a derrubada da floresta e de o Ministério Público Federal no Pará mover ações civis públicas pedindo indenização de R$ 2,1 bilhões de pecuaristas e frigoríficos, três grandes redes - Wal-Mart, Carrefour e Pão de Açúcar - suspenderam a compra de carne de fazendas do Estado.
No entanto a reportagem encontrou carne de frigorífico do Pará no Wal-Mart do Morumbi (zona oeste da capital paulista). As peças foram embaladas em maio (antes das denúncias). Também havia carne de frigoríficos de outros Estados da Amazônia Legal.Para Marcio Astrini, do Greenpeace, os supermercados têm de estender o embargo para toda a região amazônica.
Além do embargo ao Pará, a representante do Wal-Mart diz que as três redes exigem, agora, que os frigoríficos contratem auditorias. "Dada a gravidade das denúncias, entendemos que não há outro caminho, mesmo que isso custe para o setor. As outras medidas (como a suspensão da compra de carne do Pará) são paliativas."
Rastreamento - Na visita da reportagem da Folha a uma loja do Carrefour em Santo Amaro (zona sul da capital), além da falta de informação, houve um diálogo inusitado com um dos atendentes. "Como assim, o boi come a floresta?", disse o funcionário ao repórter quando ele quis saber se aquela carne em específico vinha de uma área de desmatamento ilegal. Na prática, os fazendeiros amazônicos transformam a floresta em pasto.
O Carrefour, por meio de assessoria de imprensa, disse que 40% da carne comercializada por ela tem um selo de origem na embalagem. Essas carnes, diz a empresa, são totalmente garantidas, inclusive do ponto de vista ambiental.Em outros produtos, como os embalados a vácuo, existe normalmente apenas o nome da cidade onde o frigorífico fornecedor opera. Ou seja, mesmo conhecendo muito a geografia brasileira, é complicado saber se determinada cidade está localizada na Amazônia ou não."Nós não suspendemos a compra pelo CNPJ dos fornecedores. O controle é feito pelo número do SIF (Serviço de Inspeção Federal), ele que é importante (para rastrear o animal desde o local onde nasceu)", diz Nelson Raymundi, gerente de comercialização de carnes do Grupo Pão de Açúcar.
Ele afirma que a maior parte da carne da rede vem de Mato Grosso (que faz parte da Amazônia Legal), Goiás, Minas Gerais e São Paulo.Segundo o Pão de Açúcar, sua etiqueta Taeq, que representa 3% das carnes vendidas, é a única que tem 100% de controle.
Direito à informação - João Sanzovo Neto, presidente da Apas, defende a rastreabilidade para o setor.
Enquanto isso não ocorre, porém, afirma que os supermercados devem pedir aos fornecedores, em especial os citados em denúncias, a lista das fazendas. E devem repassar a informação para o consumidor.
ONGs e entidades de defesa do consumidor ressaltam a corresponsabilidade entre governo, empresas e consumidores na manutenção do problema - e a pressão de quem compra carne, de acordo com eles, poderá ser essencial para mudar a realidade.

Fonte: Folha Online, In: Ambiente Brasil <http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=46677>.

sexta-feira, 3 de julho de 2009


quinta-feira, 25 de junho de 2009

"Ônibus movido a hidrogênio irá circular em São Paulo" - EcoDesenvolvimento

Publicado em: 18/06/2009 - 13:03

Em vez do poluente óleo diesel e do barulho do motor, um ônibus silencioso e movido a hidrogênio deverá circular na cidade de São Paulo até o final deste mês. A novidade é bem ecoeficiente, já que o veículo emitirá apenas vapores à base de água na atmosfera, o que significa dizer que não contribuirá para as doenças respiratórias da população, ao contrário do que vemos nos coletivos tradicionais. Isso sem contar que a substância é tida como uma das principais alternativas renováveis em relação ao petróleo e ao gás natural.

O coletivo movido a hidrogênio rodará numa linha entre os bairros do Jabaquara (zona Sul) e São Mateus (zona Leste), e passará pelos municípios da Região Metropolitana de São Paulo, como São Bernardo do Campo, Santo André, Diadema e Mauá. O ônibus foi fabricado no Brasil com financiamento do Fundo Global para o Meio Ambiente, uma agência ligada ao Banco Mundial que financia iniciativas de desenvolvimento sustentável em vários países.

“Fizemos parcerias no Brasil e no exterior para montar o ônibus e transferir tecnologia para o país porque no início o projeto era para comprar os ônibus prontos na Europa. O argumento foi que o Brasil é o maior produtor de ônibus do mundo e temos uma longa tradição na indústria de carrocerias de ônibus”, explicou à Agência Fapesp Carlos Zündt, gerente de planejamento da Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (Emtu), ligada à Secretaria dos Transportes Urbanos do Estado de São Paulo.

O órgão ficou responsável pelo desenvolvimento e gerenciamento do projeto e vai colocar o ônibus a hidrogênio no corredor metropolitano exclusivo de 33 km. O veículo vai trafegar 250 km por dia e emitir apenas água em forma de vapor.

Uma série de experimentos com ônibus e carros movidos a hidrogênio tem sido realizada pelo mundo, principalmente nos países desenvolvidos. A experiência brasileira é vista como de fundamental importância, porque os derivados de petróleo além de emitirem poluentes, tendem a escassear no futuro, pois as reservas de óleo e gás natural são finitas, tanto pelo esgotamento de anos de exploração como pelo aumento do consumo mundial.

Caso obtenha sucesso, a tendência é a de que mais veículos à base de hidrogênio sejam implantados em São Paulo, maior metrópole brasileira e uma das cidades mais poluídas do mundo.
*Com informações da Agência Fapesp

Fonte: Movimento Nossa São Paulo <http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/8266>.

quinta-feira, 18 de junho de 2009




segunda-feira, 25 de maio de 2009


quinta-feira, 14 de maio de 2009

Aquecimento global é fogo

Divulgação Científica
24/4/2009

Agência FAPESP – O fogo aquece – e mais do que se imaginava. De acordo com um artigo publicado na edição desta sexta-feira (24/4) da revista Science, o efeito do fogo nas mudanças climáticas globais é mais profundo do que se acreditava e deve ser encarado com preocupação ainda maior do que a atual.

O artigo aponta o que a ciência sabe e o que desconhece a respeito do impacto do fogo na biodiversidade, clima e reservas de carbono do planeta e destaca que as queimadas ligadas ao desflorestamento são responsáveis por cerca de 20% do aquecimento global promovido pela ação do homem.

"O total pode aumentar em pouco tempo. Está muito claro que o fogo é um catalisador primário das mudanças climáticas globais. O artigo que escrevemos é um chamado à ação para que os cientistas investiguem e avaliem melhor o papel do fogo no sistema terrestre", disse Thomas Swetnam, da Universidade do Arizona, um dos autores.

O texto é assinado por um grupo internacional de pesquisadores, entre eles Paulo Artaxo, professor titular e chefe do Departamento de Física Aplicada do Instituto de Física da Universidade de São Paulo, coordenador do Programa de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia (LBA) e ex-coordenador da área de geociências da FAPESP.

Os autores apontam que todos os episódios de queimadas e incêndios combinados liberam na atmosfera uma quantidade de dióxido de carbono equivalente à metade de tudo o que deriva da queima de combustíveis fósseis.

Os cientistas alertam que a capacidade do homem de lidar com o fogo pode cair no futuro, à medida que as mudanças climáticas alteram padrões de queimadas e incêndios. O risco, entretanto, é difícil de avaliar, uma vez que os fogos estão ainda precariamente representados em modelos climáticos globais.

Mas eles ressaltam que, na última década, incêndios de grande dimensão e difíceis de controlar ocorreram em todos os continentes em que há vegetação disponível, independentemente dos programas de combate a tais episódios desenvolvidos em diversos países.

"O fogo é obviamente uma das principais respostas às mudanças climáticas, mas ele não é apenas isso, ele retroalimenta o aquecimento, que alimenta mais fogos", disse Swetnam. A fuligem liberada na atmosfera também contribui para o aquecimento.

Quando a vegetação queima, a quantidade de dióxido de carbono liberado aumenta o aquecimento global. Quanto mais incêndios e queimadas, mais dióxido de carbono é liberado e mais aquecimento é promovido. E, quanto mais elevadas as temperaturas no planeta, maiores são as chances de se ter mais fogo.

Os autores pedem que iniciativas como o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) reconheçam a importância do fogo nas mudanças climáticas e o integrem mais adequadamente em modelos e relatórios futuros.

"O fogo é tão elementar como o ar e a água. Nós vivemos em um planeta de fogo. Somos uma espécie do fogo. Ainda assim, seu estudo tem sido muito fragmentado. Sabemos bastante sobre o ciclo do carbono e do nitrogênio, mas muito pouco sobre o ciclo do fogo", disse Jennifer Balch, do Centro Nacional para Análises e Sínteses Ecológicas em Santa Bárbara, Estados Unidos.

O artigo Fire in the Earth System, de David Bowman e outros, pode ser lido por assinantes da Science em www.sciencemag.org.

Fonte: Agência FAPESP

quinta-feira, 23 de abril de 2009


quarta-feira, 8 de abril de 2009

Pesquisa "Origem e Destino" do Metrô

A pesquisa “Origem e Destino” (OD) é publicada a cada dez anos, desde 1967. Ela tem o objetivo de nortear políticas públicas e o planejamento de transportes. Além disso, ela ganhou destaque por ser um raio X dos hábitos da população dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Por isso os resultados – embora até então não fossem totalmente abertos ao público – são usados por outros setores da economia, para identificar locais com potenciais para investimento.

O Metrô, entidade que coordena a pesquisa, afirma que a base matemática do levantamento estará disponível a partir de hoje [3 de abril] em seu site para a consulta de interessados, mediante um cadastro.

Por meio da OD, é possível conhecer a dinâmica dos deslocamentos na região. Os números indicam onde acontecem os principais fluxos de viagens, de que modo elas são feitas, em quanto tempo e em quais horários. Para isso, são realizadas pesquisas nas residências – onde são identificadas as viagens internas, por meio de cadastro e amostra de residências – e também na linha de contorno da região metropolitana, com contagem e amostra de veículos e passageiros.

Foram visitados 30 mil domicílios e entrevistadas 90 mil pessoas. As consultas somente foram consideradas válidas quando todos os membros da família respondiam às questões. Nos limites da região foram consideradas entrevistas com ocupantes de 36 mil veículos, entre automóveis, táxis, ônibus, vans e caminhões.

O investimento na pesquisa foi de R$ 8 milhões, sendo que 50% partiu do Metrô. Os outros participantes são a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM),aEmpresa Metropolitana de Trens Urbanos (EMTU), a São Paulo Transporte (SPTrans) e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).


Para mais informações sobre o OD: Movimento Nossa São Paulo <http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/files/especialorigemdestino.pdf>, ou pelo site do Metro <http://www.metro.sp.gov.br/>.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Projeto que estimula ônibus a álcool em São Paulo precisa de incentivo para ganhar escala

Durante os dois dias do I Fórum de Sustentabilidade Urbana São Paulo-Suécia, realizado nesta terça (24) e quarta-feira (25), temas que pautam o dia-a-dia dos paulistanos foram o centro da discussão. Resíduos, água e, principalmente, mobilidade urbana, ganharam a atenção do público formado por empresários, jornalistas e representantes dos governos brasileiro e sueco.
A cidade de Estocolmo, recém-batizada de Capital Verde da Europa, representa o modelo ideal da cidade que São Paulo pode ser. Transporte público eficiente e acessível a todos, sistema de restrição de veículos e incentivo à bicicleta, respeito ao pedestre e, ainda, combustível limpo, são alguns exemplos que justificam o disputado título conquistado pela capital sueca.
E é de iniciativas como este encontro que podem surgir novas parcerias entre as duas cidades. Uma delas, que já vem sendo aplicada em São Paulo desde 2006, é o Projeto Best (BioEthanol for Sustainable Transport). O objetivo é justamente estimular a substituição do diesel pelo etanol no transporte público. A troca reduziria em até 80% o índice de poluentes e ajudaria a salvar milhares de vidas somente na capital paulista.
Como parte do projeto, desde dezembro de 2007 circula por São Paulo um ônibus movido a álcool, produzido pela Scania como demonstração. Junto com ele, um “ônibus sombra”, movido a diesel, faz o mesmo percurso. A idéia inicial era que, depois de um ano, governo municipal e distribuidoras de combustíveis ficassem estimuladas a fazer a substituição total do combustível. Mas, até agora, isso não ocorreu.
“A legislação brasileira não dá nenhuma abertura para utilização de um produto barato e muito pouco poluente. O álcool é a melhor opção”, enfatiza o coordenador do Projeto Best no Brasil, José Roberto Moreira, do Cenbio (Centro Nacional de Referência em Biomassa). Ele admite que o álcool é efetivamente mais caro que o diesel (cerca de 20%), mas defende uma política de incentivos que estimule a comercialização do combustível mais limpo.
Cerca de 600 ônibus circulam pelo centro de Estocolmo totalmente movidos a álcool – quase 80% dele importado do Brasil. Desde 1985, é proibida a utilização do diesel no transporte público. “O Brasil desistiu do ônibus a álcool já nos anos 70, porque o aditivo necessário para o combustível não era considerado seguro para os trabalhadores que abasteciam os veículos. A Suécia aproveitou a idéia, desenvolveu seu próprio aditivo, e, desde então, incentiva cada vez mais o álcool brasileiro”, explicou o professor.


Fonte: Movimento Nossa São Paulo <http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/2708>.

terça-feira, 31 de março de 2009


quarta-feira, 18 de março de 2009

sexta-feira, 13 de março de 2009


sexta-feira, 6 de março de 2009

Tietê limpo, nem em 2018: ao menos no trecho da capital e Grande SP

Desde 1992, US$ 3 bilhões já foram investidos na despoluição, mas a Sabesp prevê que limpeza total não vai ocorrer em menos de 9 anos . Apesar de obras, municípios não tratam esgoto e há muitas ligações clandestinas na capital

Daniel Gonzales e Mariana Londres

Pelo menos até 2018, a despoluição do Rio Tietê no trecho urbano da capital e da Grande São Paulo continuará só no sonho dos paulistanos e na promessa das autoridades. A perspectiva é resultado dos avanços percebidos até agora, passados 18 anos do início do projeto de limpeza do rio, com seis governadores já tendo ocupado o comando do Estado e US$ 3 bilhões investidos em obras desde 1992. O Projeto Tietê está agora prestes a abrir a terceira fase de obras com a antiga meta de descontaminação, alardeada nos anos 90 e hoje fora de cogitação por pelo menos mais nove anos pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), gestora do projeto.
Desde o início do programa, os ganhos no controle da poluição do Tietê ainda não são visíveis aos moradores da capital. Isso é possível somente no interior, onde o manto de sujeira que cobria o rio recuou 160 km. “Mas a situação já melhorou, e muito”, aponta Carlos Eduardo Carrela, superintendente de projetos da Sabesp. Em relação a 1991, o rio deixa de receber hoje, por dia, 1,3 bilhão de litros de esgoto puro, que são descontaminados nas cinco estações de tratamento de esgoto (ETEs) em operação. O volume tratado é de 550 piscinas olímpicas a cada 24 horas, ou 16 mil litros por segundo.
O programa só não avançou mais porque ainda há um grande volume de despejo de esgoto irregular no Tietê - são imóveis ligados à rede de águas pluviais, que só deveria captar água de chuva - e porque oito cidades da Grande São Paulo não fazem parte da área de atuação da Sabesp e seus esgotos são, apenas em pequena parte, recebidos pela companhia para tratamento.
Os esgotos de Guarulhos, cidade que hoje não trata os dejetos, são despejados no Cabuçu de Cima, afluente do Tietê, e só a partir deste ano começarão a ser destinados a cinco pequenas estações, que serão construídas com R$ 249 milhões obtidos pela cidade pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal. A meta é descontaminar 70% do volume de esgoto nos próximos 4 anos. Em outros casos, a Sabesp levou a rede coletora até a porta das casas, mas os proprietários resistem às ligações por causa do aumento na conta de água. Na capital foram identificadas mais de 18 mil ligações irregulares apenas em outubro do ano passado. “O Projeto Tietê está muito além do Rio Tietê”, diz Carrela.
O objetivo do pacotão de obras da terceira fase, que prevê investimentos de mais US$ 800 milhões (US$ 600 milhões emprestados do Banco Interamericano de Desenvolvimento e o restante, recursos próprios da Sabesp), é aumentar os índices de coleta e tratamento de esgoto na capital e em 31 municípios onde a Sabesp opera. Transportar e tratar o esgoto de tão longe é fundamental porque o Tietê recebe, direta ou indiretamente, o deságue de 165 córregos e rios que correm na capital e cidades da Grande São Paulo.
Na fase 3, a empresa vai investir na ampliação de um complexo sistema de coletores e interceptores subterrâneos para fazer os dejetos de bairros da capital e de 31 cidades da região metropolitana “viajarem” até as estações de tratamento. Com isso, a empresa pretende saltar dos atuais 84% de esgoto coletado na Grande São Paulo e destes 68% tratados para 87% e 84% em 2015, chegando a 100% de coleta e tratamento em 2018.
O esforço para a retirada total do esgoto, no entanto, está longe de significar que o rio estará despoluído, segundo ambientalistas e especialistas em recursos hídricos. “Nem em 2040”, prevê Maria Lucia Ribeiro, coordenadora da ONG SOS Mata Atlântica. Mauricio Waldman, doutor em Geografia pela USP, diz que todo o lixo atirado nas ruas também vai parar no Tietê, a chamada poluição difusa. “O rio não vai voltar, nunca mais, a ser o que era.”
CONTOS DE PESCADOR
Em 1992, o governador Luiz Antônio Fleury Filho declarou que o Rio Tietê estaria limpo em 15 anos, ou seja, em 2007
Em 1998, no fim da 1ª etapa, a promessa era que o Tietê estaria limpo na capital em 2018
Em 2004, o secretário estadual de Energia, Recursos Hídricos e Saneamento, Mauro Arce, disse que o Tietê poderia voltar a ter peixes no trecho que corta São Paulo até 2010
HISTÓRIA DO RIO
1628 - 1ª expedição pelo rio
1888 - fundação do Clube Esperia
1900 - é usado como fonte de energia e transporte de esgoto
1972 - má qualidade da água leva à proibição da prática de esportes
1990 - nascente é tombada
1992 - mobilização social, seguida de abaixo-assinado com mais de 1 milhão de assinaturas, por iniciativa da Rádio Eldorado, do JT e da SOS Mata Atlântica, dá origem ao Projeto Tietê de despoluição do rio
1998 - fim da 1ª fase do projeto 2002 - início da 2ª fase


Fonte: http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/2511 - Jornal da Tarde 17/02/2009

segunda-feira, 2 de março de 2009


sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Desmatamento na Amazônia extingue 26 espécies e ameaça 644, diz ONU

O desmatamento da Amazônia provocou a extinção de 26 espécies de animais e plantas até 2006, segundo um relatório divulgado nesta quarta-feira (18) pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma). No mesmo período, outras 644 espécies entraram na lista de animais e plantas ameaçados de extinção. Das 26 espécies extintas, dez estão na parte brasileira da floresta amazônica. Entre as espécies ameaçadas estão o macaco-aranha (Ateles belzebuth), o urso-de-óculos (Tremarctos ornatus) e a lontra. O relatório GEO Amazonia, que está sendo divulgado em um encontro do Pnuma em Nairóbi, no Quênia, destaca que o desmatamento da Amazônia continua acontecendo em ritmo acelerado. Até 2005, a floresta amazônica sofreu desmatamento equivalente a 94% do território total da Venezuela.O relatório do Pnuma afirma que até 2005 a Amazônia acumulou uma perda de 17% da sua vegetação total nos nove países que possuem trechos da floresta tropical. A área total desmatada foi de 857.666 km2. Entre 2000 e 2005, a Floresta Amazônica sofreu desmatamento equivalente a 94% do território total da Venezuela, dado que havia sido antecipado no mês passado pelo jornal francês "Le Monde" e noticiado pela BBC Brasil. O relatório do Pnuma afirma que em cinco anos a Amazônia perdeu 17% da sua vegetação total nos nove países que possuem trechos da floresta tropical. A área total desmatada no período foi de 857.666 km2.
Cenários pessimistas - O relatório afirma que três fatores vão influenciar na forma como a Amazônia vai se desenvolver no futuro: as políticas públicas, o funcionamento do mercado e o desenvolvimento de novas tecnologias. Baseado nesses três fatores, o relatório traça quatro cenários diferentes para o futuro da Amazônia no longo prazo e nenhuma das hipóteses apresenta uma situação ideal. "Isso significa que os protagonistas amazônicos não conseguiram imaginar um futuro no qual as políticas públicas, o mercado, a ciência e a tecnologia se desenvolvam, simultaneamente, de uma maneira suficientemente positiva de forma a promover o desenvolvimento sustentável da Amazônia", diz o documento. Os quatro cenários traçados pelo Pnuma são: Amazônia emergente: um cenário em que o governo e as forças do mercado geram benefícios à região, mas a ciência e a tecnologia não avançam o suficiente para melhorar o aproveitamento de recursos naturais; À beira do precipício: o governo agiria para combater o desmatamento, mas a demanda do mercado por recursos e a falta de tecnologia apropriada seriam mais fortes do que o esforço público; Luz e sombra: ação pública e investimentos em tecnologias colaborariam contra o desmatamento, mas as forças do mercado exigiriam cada vez mais recursos naturais; Inferno ex-verde: um cenário em que a floresta ficaria submetida às demandas do mercado, sem ação governamental ou avanço tecnológico favorável ao desenvolvimento sustentável.
Savanização - Segundo o relatório, fatores internos e externos em cada um dos países estão provocando o desmatamento.Entre os fatores internos está o crescimento da urbanização da região e a exploração de recursos naturais. O Pnuma destaca que, em quatro dos países da região, mais de 50% da população amazônica é urbana. Externamente, o aquecimento global continua afetando o ciclo de chuvas e afetando o equilíbrio do ecossistema. O relatório cita previsões feitas em outros estudos de que 60% da Amazônia pode se tornar em savana ainda neste século, devido ao aumento da temperatura média global -uma afirmação questionada por um novo estudo publicado no Reino Unido na semana passada.O relatório também afirma que a articulação de grupos e instituições que atuam na Amazônia ainda está apenas no começo."Na maioria dos países da região, a Amazônia ainda não faz parte do 'espaço ativo' nacional, no entanto eles estão lentamente começando a articular a Amazônia no sistema político-administrativo, na sociedade e na economia nacional", diz o relatório do programa da ONU. "O Brasil é o país que mais mostrou progresso nesta área. Por outro lado, o processo contínuo de descentralização, com diferentes níveis de progresso, visa a melhorar a governança ambiental por governos regionais e locais." (Fonte: Folha Online)

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009


domingo, 1 de fevereiro de 2009

Planeta precisa de US$ 515 bi por ano de 'investimento verde'

São necessários investimentos de US$ 515 bilhões por ano até 2030 para criar uma infraestrutura mundial de energia limpa, aponta o Fórum Econômico Mundial. Caso contrário, as emissões de gases poluentes atingirão um nível considerado insustentável por cientistas, provocando um aumento de dois graus na temperatura do planeta.

Em alerta feito nesta quinta-feira (29) em Davos, a entidade listou fontes de energia que podem contribuir para a criação de uma matriz renovável. Entre elas, está o etanol produzido a partir da cana-de-açúcar - além da eólica, solar e a nova geração de biocombustíveis, a partir da celulose.

Para o Fórum, as oportunidades na área de energia limpa podem criar retorno econômico. Segundo estudo apresentado hoje, 90 empresas líderes na área conseguiram retorno de quase 10% em 2008, mesmo com a crise global. No ano passado, os investimentos em energia limpa somaram US$ 140 bilhões, acima dos US$ 30 bilhões aportados em 2004, mas bem abaixo da necessidade apontada em Davos.

A entidade nota que os investimentos estão se diversificando geograficamente. Os países em desenvolvimento atraíram 23% dos financiamentos para o setor em 2007, ou US$ 26 bilhões, acima dos 13% (US$ 1,8 bilhão) em 2004. (Fonte: Daniela Milanese/ Estadão Online)


FONTE: Ambiente Brasil - http://noticias.ambientebrasil.com.br/noticia/?id=43364