quinta-feira, 23 de abril de 2009


quarta-feira, 8 de abril de 2009

Pesquisa "Origem e Destino" do Metrô

A pesquisa “Origem e Destino” (OD) é publicada a cada dez anos, desde 1967. Ela tem o objetivo de nortear políticas públicas e o planejamento de transportes. Além disso, ela ganhou destaque por ser um raio X dos hábitos da população dos 39 municípios da Região Metropolitana de São Paulo. Por isso os resultados – embora até então não fossem totalmente abertos ao público – são usados por outros setores da economia, para identificar locais com potenciais para investimento.

O Metrô, entidade que coordena a pesquisa, afirma que a base matemática do levantamento estará disponível a partir de hoje [3 de abril] em seu site para a consulta de interessados, mediante um cadastro.

Por meio da OD, é possível conhecer a dinâmica dos deslocamentos na região. Os números indicam onde acontecem os principais fluxos de viagens, de que modo elas são feitas, em quanto tempo e em quais horários. Para isso, são realizadas pesquisas nas residências – onde são identificadas as viagens internas, por meio de cadastro e amostra de residências – e também na linha de contorno da região metropolitana, com contagem e amostra de veículos e passageiros.

Foram visitados 30 mil domicílios e entrevistadas 90 mil pessoas. As consultas somente foram consideradas válidas quando todos os membros da família respondiam às questões. Nos limites da região foram consideradas entrevistas com ocupantes de 36 mil veículos, entre automóveis, táxis, ônibus, vans e caminhões.

O investimento na pesquisa foi de R$ 8 milhões, sendo que 50% partiu do Metrô. Os outros participantes são a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM),aEmpresa Metropolitana de Trens Urbanos (EMTU), a São Paulo Transporte (SPTrans) e a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).


Para mais informações sobre o OD: Movimento Nossa São Paulo <http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/files/especialorigemdestino.pdf>, ou pelo site do Metro <http://www.metro.sp.gov.br/>.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Projeto que estimula ônibus a álcool em São Paulo precisa de incentivo para ganhar escala

Durante os dois dias do I Fórum de Sustentabilidade Urbana São Paulo-Suécia, realizado nesta terça (24) e quarta-feira (25), temas que pautam o dia-a-dia dos paulistanos foram o centro da discussão. Resíduos, água e, principalmente, mobilidade urbana, ganharam a atenção do público formado por empresários, jornalistas e representantes dos governos brasileiro e sueco.
A cidade de Estocolmo, recém-batizada de Capital Verde da Europa, representa o modelo ideal da cidade que São Paulo pode ser. Transporte público eficiente e acessível a todos, sistema de restrição de veículos e incentivo à bicicleta, respeito ao pedestre e, ainda, combustível limpo, são alguns exemplos que justificam o disputado título conquistado pela capital sueca.
E é de iniciativas como este encontro que podem surgir novas parcerias entre as duas cidades. Uma delas, que já vem sendo aplicada em São Paulo desde 2006, é o Projeto Best (BioEthanol for Sustainable Transport). O objetivo é justamente estimular a substituição do diesel pelo etanol no transporte público. A troca reduziria em até 80% o índice de poluentes e ajudaria a salvar milhares de vidas somente na capital paulista.
Como parte do projeto, desde dezembro de 2007 circula por São Paulo um ônibus movido a álcool, produzido pela Scania como demonstração. Junto com ele, um “ônibus sombra”, movido a diesel, faz o mesmo percurso. A idéia inicial era que, depois de um ano, governo municipal e distribuidoras de combustíveis ficassem estimuladas a fazer a substituição total do combustível. Mas, até agora, isso não ocorreu.
“A legislação brasileira não dá nenhuma abertura para utilização de um produto barato e muito pouco poluente. O álcool é a melhor opção”, enfatiza o coordenador do Projeto Best no Brasil, José Roberto Moreira, do Cenbio (Centro Nacional de Referência em Biomassa). Ele admite que o álcool é efetivamente mais caro que o diesel (cerca de 20%), mas defende uma política de incentivos que estimule a comercialização do combustível mais limpo.
Cerca de 600 ônibus circulam pelo centro de Estocolmo totalmente movidos a álcool – quase 80% dele importado do Brasil. Desde 1985, é proibida a utilização do diesel no transporte público. “O Brasil desistiu do ônibus a álcool já nos anos 70, porque o aditivo necessário para o combustível não era considerado seguro para os trabalhadores que abasteciam os veículos. A Suécia aproveitou a idéia, desenvolveu seu próprio aditivo, e, desde então, incentiva cada vez mais o álcool brasileiro”, explicou o professor.


Fonte: Movimento Nossa São Paulo <http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/2708>.